Sou o corte do canivete que faz arte no madeiro.
A arvore que diga dos corações talhados e nossos nomes
tatuados naquele pobre vegetal; transeuntes observam bem a nossa maldade
infantil naquela plantinha que sofreu calada.
Embora eu pense melhor seria um canivete do que um machado
ou serrote que realiza verdadeiras devastações...
Sou pior que lamina que obedece aos meus caprichos, mas os
teus olhos deslumbram maravilhados com a minha obra de arte talhada na pobre
arvore.
Um coração que não é meu, mas faço questão de tralhar o meu
nome junto ao seu acompanhados com uma
pequena frase que dizia:
Eu e você para sempre!
Hoje regresso para aquele mesmo local e observo a coitada da
arvore completamente desfigurada com mil corações e a mesma frase que te
dediquei, estarrecido fiquei...
Como pode seres de tamanha maldade, fazerem isso com a arte
que te consagrei?
O coração talhado agora é mais um borrão.
E eu que diga!
Graças a Deus que não sou aquele vegetal desfigurado, porque
agora sintonizei a sua dor silenciosa...
Amandio
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