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quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Eu e você para sempre



Sou o corte do canivete que faz arte no madeiro.
A arvore que diga dos corações talhados e nossos nomes tatuados naquele pobre vegetal; transeuntes observam bem a nossa maldade infantil naquela plantinha que sofreu calada.
Embora eu pense melhor seria um canivete do que um machado ou serrote que realiza verdadeiras devastações... 
Sou pior que lamina que obedece aos meus caprichos, mas os teus olhos deslumbram maravilhados com a minha obra de arte talhada na pobre arvore.
Um coração que não é meu, mas faço questão de tralhar o meu nome junto ao seu  acompanhados com uma pequena frase que dizia:
Eu e você para sempre!
Hoje regresso para aquele mesmo local e observo a coitada da arvore completamente desfigurada com mil corações e a mesma frase que te dediquei, estarrecido fiquei...
Como pode seres de tamanha maldade, fazerem isso com a arte que te consagrei?
O coração talhado agora é mais um borrão.
E eu que diga!
Graças a Deus que não sou aquele vegetal desfigurado, porque agora sintonizei a sua dor silenciosa...
Amandio




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