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sexta-feira, 24 de junho de 2011

Ele


 Ele

Caminhava entre os mortos procurando uma alma viva!
A solidão o mataria forçando-o a abandonar as cores da vida...
Lembranças dolorosas, cores perdidas.
Agora vive sentado escrevinhando num caderno negro.
Onde logo tornará-se o diário de lembranças amarguradas...
Eram as suas dores escritas na ponta de um lápis.
Pobre; deixou de viver para não amar e acabou de morrer para amar...
Enlouquecido estava ele a delirar.
Escrevendo em seu diário lembranças e medos...
Ele que aceitou ser devorado com os dentes da solidão e em seu caderno retrata o dilacero mortificado em seu coração...
Um dia saiu do seu quarto escuro e não aguentou ver a luz do dia, e por vontade estava condenado a viver na escuridão...
Triste agora vive, sendo assediado pela luz, sua visão ardia com tanta claridade, mas resolveu sair, colocou o óculos escuro e vestiu-se de preto dos pés a cabeça e foi para a igreja. Não para rezar, entretanto para aproveitar o silêncio e escrever as suas dores...
Ele observou uma pessoa diferente das que estavam lá e era totalmente o oposto dele!
Era uma pessoa cheia de alegria com muitos anseios e por sinal muito linda, parecia um ser celestial ou de outro mundo...
Amandio Sales.

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