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sexta-feira, 29 de abril de 2011

A volta do caminheiro







Estava ela a tricotar com mãos precisas,
Cabelos longos e grisalhos.
Era mamãe a me esperar.
Deixou de tricotar,
Logo veio a abraçar-me
Num abraço gostoso,
Acolheu-me carinhosamente e chorosa,
Era saudade de um filho,
Que um dia saiu de sua terra,
E foi parar longe do sertão,
Com uma bagagem que mau cabia na mão,
Fui caminheiro por muito tempo.
Vi o mundo como nunca tinha visto
Vi pessoas de sotaques diferentes,
Fui estrangeiro em terras nativas.
Varias vezes chorei e outras sorri!
Agora cá estou, recebendo um carinho afetuoso,
La vai mamãe correndo a avisar que estou de volta,
Surpresa minha ver papai sentado em sua cadeira favorita!
Papai meu velho guerreiro.
Logo fui abraça-lo e estava emocionado por ainda ver meu velho...
Lembro-e como se foce hoje:
"Sobre os ombros, vendo tudo do alto e com segurança, sendo carregado pelo meu herói, avistei meu irmão e ele segurava a mão do nosso pai."
Por fim entrei, vi a mesma mesa e tudo estava do mesmo jeito, os quadros as fotos a televisão velha que ainda funcionava...
Mais uma vez desabei em lágrimas...


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